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Em Palotina, o Impostômetro ultrapassa m a marca de R$90 milhões. O valor representa o que o munícipe já pagou em tributos desde o dia 1º de janeiro deste ano até ontem, dia 7 de outubro. Segundo cálculo que consta no site do Impostômetro, este valor já pago em impostos seria suficiente, por exemplo, para: construir mais de 4.385 Casas Populares de
Se comparado a outros municípios vizinhos do mesmo porte, como Assis Chateaubriand com uma arrecadação de R$39 milhões e Marechal Cândido Rondon, com R$77 milhões, Palotina se destaca no que tange a contribuição de impostos.
O valor total é dividido em três partes (governo federal, estadual e municipal) e devem ser destinados para áreas de atenção básica como saúde e educação.
“Os impostos são necessários para fortalecer os serviços públicos destinados a população, porém, eles têm influenciado decisivamente no preço final do produto”, explica o empresário Neri Leonhardt ao comparar o valor tributário ínfimo pago pelos comerciantes do país vizinho – o Paraguai. Segundo ele, três fatores são avaliados na formação do preço do produto: a taxa de impostos, a qualidade e o atendimento. “No Brasil, existem custos elevados embutidos desde a fonte até a destinação final do produto, como também para manter funcionários registrados”, complementa.
O comércio palotinense vem sofrendo diretamente esta concorrência com o Paraguai, em que a proximidade com a fronteira do Salto Del Guairá possibilita aos munícipes visitarem repentinamente o país vizinho. Atraídos pela carga tributária enxuta e o potencial de mercado, os palotinenses acabam encontrando lá produtos mais baratos. Porém, que perdem em qualidade, atendimento, segurança, garantia e opções de pagamentos – itens avaliados na pesquisa “Estudos dos motivos para compras realizadas no PY pelos consumidores de Palotina” da empresária Eliana Regina Klein Chiarardia.
Nesta pesquisa, produtos eletrônicos e de informática são os mais afetados em Palotina, pois representam juntos quase 50% da preferência dos palotinenses pela compra no Paraguai.
O empresário do setor de informática e venda de produtos eletrônicos, Osmar Cantu, sente na pele esta concorrência. Ele acredita que o governo deveria dar um incentivo maior para o setor tecnológico, pois é um requisito necessário para o estímulo à modernidade. O empresário sugere ainda duas medidas que facilitariam a vida do comerciante: a primeira seria descriminar na embalagem do produto a taxa de impostos incutida sobre aquele item e a outra seria unificar os tributos em uma só cobrança. “Estes procedimentos facilitariam no esclarecimento ao cliente de quando o empresário brasileiro precisa contribuir ao governo e porque os preços são maiores, se comparados a outros países”, reflete.
A carga tributária no Brasil corresponde a 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e é a maior da América Latina. Os outros dois países que superam o Brasil são: Suécia e França.
Veja quanto o brasileiro paga de impostos sobre alguns serviços e produtos de consumo
Medicamentos | 36% |
Conta de Água | 29,83% |
Conta de Luz | 45,81% |
Conta de Telefone | 47,87% |
Cigarro | 81,68% |
Gasolina | 57,03% |
Frango | 17,91% |
Açúcar | 40,4% |
Leite | 33,63% |
Café | 36,52% |
Ovos | 21,79% |
Frutas | 22,98% |
Detergente | 40,50% |
Esponja de aço | 44,35% |
Sabonete | 42% |
Pasta de Dente | 42,00% |
Caneta | 48,69% |
Papel | 38,97% |
Água | 45,11% |
Cerveja | 56% |
Cachaça | 83,07% |
Brinquedos | 41,98% |
Automóvel | 43,63% |
Roupas | 37,84% |
Sapatos | 37,37% |
Casa popular | 49,02% |